Especialistas debatem gênero, raça e diversidade

Na manhã desta quarta-feira, dia 22 de março, a vice-presidenta da Associação Nacional dos Procuradores e das Procuradoras do Trabalho (ANPT), Lydiane Machado e Silva, participou da solenidade de abertura da III Conferência de Gênero, Raça e Diversidade: Contracultura no Trabalho, promovida pela Ministério Público do Trabalho, em Brasília.

 

O evento debateu temas relevantes envolvendo a luta por igualdade de oportunidades no mundo do trabalho, as conquistas e as barreiras que ainda precisam ser suplantadas para se alcance a efetiva equidade, com especial atenção para os grupos mais vulneráveis, a exemplo de mulheres negras, trans, com deficiência, indígenas e idosas.

 

Em sua manifestação, Lydiane Silva destacou que ainda hoje, a violência de gênero, o racismo e outras formas de preconceito rondam os gabinetes, as salas de audiência, os plenários e até mesmo as bancas de concurso. “Mesmo quando nossos ambientes de trabalho se relevam mais palatáveis e vocacionados à observância da isonomia, nos seus mais diversos aspectos, ainda há a imensa batalha a ser travada para mudar uma cultura patriarcal que nos recorda a todo momento de que se você não é branco, cisgênero e heterossexual está automaticamente excluído do rol dos “naturalmente capazes” e terá que percorrer um caminho ainda mais árduo para provar seu valor”, lembrou.

 

A procuradora registrou que a sobreposição de variáveis como raça e classe social, torna muito mais difícil o acesso igualitário ao mercado de trabalho e distancia as pessoas dos espaços que foram historicamente reservados aos homens brancos.

 

Por fim, a vice-presidente pontuou que, em respeito aos ditames constitucionais, “é preciso romper com o sistema que está posto e fazer das relações trabalhistas um terreno propício para o desenvolvimento de uma contracultura que se torne capaz de alterar o estado de coisas e nos permita ver a diversidade do povo brasileiro refletidos em todos os espaços”.

Fotos: Ubirajara Machado/MPT