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Lançada a campanha “Tem criança que nunca pode ser criança” que combate o trabalho infantil

O Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI) lançou na manhã de hoje, 12/06, a campanha contra o trabalho infantil doméstico: “Tem criança que nunca pode ser criança”. Na ocasião, foi divulgado também o relatório estatístico “O Trabalho Infantil Doméstico no Brasil” com base nos dados da PNAD. A vice-presidente da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT), Daniela Varandas, participou do evento que teve ainda a realização de uma coletiva de imprensa, para apresentar dados e esclarecer dúvidas dos jornalistas.
Segundo relatório divulgado pelo FNPETI, a situação do trabalho infantil doméstico no Brasil pouco se alterou entre 2008 e 2011. Enquanto o quantitativo de crianças e adolescentes na faixa etária entre 5 e 17 anos que trabalhavam caiu 17,9% nesse período, o número de casos de crianças e adolescentes ocupadas no trabalho infantil doméstico diminuiu de 325 mil (2008) para 258 mil (2011) - uma redução de 67 mil casos. Em termos proporcionais, a redução foi de apenas 0,2 ponto percentual: de 7,2% em 2008 para 7% em 2011.

Para o coordenador nacional de Combate à Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente do Ministério Público do Trabalho (Coordinfância), procurador do Trabalho Rafael Dias Marques, a falta de políticas públicas articuladas e direcionadas para crianças e adolescentes tem dificultado a redução do trabalho infantil. “É preciso uma agenda nos três níveis federativos de políticas públicas para a erradicação do trabalho infantil doméstico”, disse acrescentando que o MPT tem feito sua parte em ações de prevenção e repressão a todos que se envolvem com essa prática ilegal.

Já a secretária executiva do FNPETI, Isa Oliveira, ressaltou, entre outros pontos, a quase totalidade das crianças e adolescentes no trabalho doméstico ser de meninas e negras. “Esses dados expressam a iniquidade de gênero e raça que ocorre no trabalho infantil doméstico.” Ela avalia ainda que a invisibilidade desse trabalho é outro fator que dificulta a identificação da prática ilegal. “É importante que o tema seja priorizado pelas políticas públicas e que ações intersetoriais sejam adotadas e implementadas.”





Foto I: Abertura
Foto II: Coletiva de Imprensa
Foto III: ANPT durante lançamento da Campanha

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