A segurança de agentes públicos em operação no combate ao trabalho escravo foi o tema central da reunião realizada nesta terça-feira, 31/05, entre o presidente da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT), Ângelo Fabiano Farias da Costa, a vice-presidente da entidade, Ana Cláudia Bandeira Monteiro, e o deputado Padre João (PT/MG), presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara dos Deputados. Durante o encontro, que contou também com a presença de representantes do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait) e da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (Fenaprf), o grupo conversou sobre a promoção de audiência pública no Congresso Nacional para tratar do assunto, o que deverá ocorrer em breve.
A proposta de realização da audiência surgiu na última quarta-feira, 25/05, durante reunião conjunta das entidades sobre as medidas a serem tomadas quanto ao incidente ocorrido no dia 18 de maio, com representantes das três categorias, que sofreram ataques ao atuar no combate ao trabalho escravo em São Félix do Xingu (PA). Solicitação nos mesmos moldes deverá ser feita, também, no Senado Federal.

Para o presidente da ANPT, a audiência deverá servir para aumentar o debate sobre a questão da segurança e dos riscos vivenciados pelos agentes públicos que participam desta operações. “É passada a hora de discutirmos em várias frentes, sendo essencial a participação do Parlamento nesse processo, soluções para o problema de falta de segurança dos procuradores do Trabalho, dos auditores-fiscais do Trabalho e dos demais agentes que participam do Grupo Especial de Fiscalização Móvel para que possamos ter uma fiscalização efetiva do Estado na luta pela erradicação do trabalho escravo no nosso país”, afirmou.


O parlamentar, por sua vez, mostrou-se disponível para a realização da audiência pública e ressaltou, inclusive, que ela será importante para dar “visibilidade para algo que ainda nos dias de hoje acontece e muita gente não sabe, que é a situação de trabalho escravo no Brasil”.