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Chacina de Unaí é lembrada em ato público realizado em Brasília com a presença da ANPT

No último dia 28, o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait) realizou, em Brasília, ato público que teve por objetivo pedir celeridade no julgamento dos recursos dos condenados pela chamada Chacina de Unaí, que sofreram a pena máxima, mas recorrem em liberdade por serem réus primários. O presidente da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT), Carlos Eduardo de Azevedo Lima, e o vice-presidente da entidade, Ângelo Fabiano Farias da Costa, participaram do evento, que aconteceu em frente o Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região.
Os recursos estão na 9ª Vara de Justiça Federal em Belo Horizonte (MG) e em breve devem chegar ao TRF 1ª Região para apreciação. Durante o evento, o presidente da ANPT reforçou que o crime, ocorrido há 12 anos, torna-se ainda mais grave porque, para além do brutal assassinato de quatro pessoas, que já seria imensamente grave e nefasto em quaisquer circunstância, representou um crime contra o próprio Estado Brasileiro, pois estavam essas pessoas no exercício de suas relevantes atribuições públicas, “as quais, vale lembrar, diziam respeito ao combate ao trabalho escravo, algo que sequer deveria ser cogitado como existente no cenário que temos de um mundo pretensamente civilizado, mas que, existindo mais que lamentavelmente, há agentes do Estado brasileiro que estão atuando diuturnamente para tentar erradicar essa realidade, sendo assassinados, contudo, no exercício de sua nobre missão e, ainda assim, ficam impunes os responsáveis por um crime tão grave. Embora, depois de mais de uma década, tenham sido finalmente condenados os mandantes a severas penas, isso ficou no plano meramente formal, pois ainda assim, apesar de todo o nefasto quadro fático, estão ´respondendo´ em liberdade, o que é uma afronta à sociedade como um todo. Basta de impunidade!”, destacou Azevedo Lima.

A chamada Chacina de Unaí ficou conhecida por este nome quando do assassinato de três auditores-fiscais do Trabalho e de um motorista do Ministério do Trabalho e Emprego, durante fiscalização rural em fazendas no interior de Minas Gerais, onde havia denúncia de prática de trabalho em condições análogas às de escravo. Além da ANPT, dirigentes do Sinait, Delegados Sindicais dos Estados e Auditores-Fiscais do Trabalho de várias partes do Brasil, juízes do Trabalho, além de familiares das vítimas e sindicalistas, entre outros representantes da sociedade, participaram no ato.

Fotos: Ascom/Sinait

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