A exemplo da reunião de quarta-feira (22/02) com o vice-presidente do STF, Carlos Ayres Britto, relator da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 3357, que contesta a Lei estadual nº11.643/2001, a qual, por sua vez, proíbe a produção e a comercialização de produtos à base de amianto no âmbito do Rio Grande do Sul, o grupo relatou a recente decisão da Justiça italiana que condenou dois antigos proprietários da empresa Eternit pela morte de cerca de três mil pessoas, vítimas do amianto naquele país. Abordaram, também, a situação de trabalhadores envolvidos com o amianto e demonstraram a preocupação da entidade e dos advogados com a causa, principalmente nesse momento em que o processo da ADI está perto de ser julgado.
Vale lembrar que, também, tramita no STF a ADI 4066, ajuizada pela ANPT e pela Anamatra, que contesta a Lei Federal nº 9.055/95 por permitir a exploração e a utilização industrial e comercial do amianto branco (variedade crisotila), sendo que, na referida ADI, defende-se que a utilização de nenhum tipo de amianto se mostra seguro, de modo que se pleiteia seu total banimento em todo o território nacional. Não podemos permitir que trabalhadores sejam submetidos ao contato com o amianto e temos todas as comprovações possíveis de que esse mineral agride a saúde e compromete o trabalhado digno, reafirmou o presidente da ANPT.

Rosa Weber, por sua vez, mostrou-se muito satisfeita com a visita do grupo e comprometida com a causa do amianto. Em relação ao convite para o CNPT, a ministra ressaltou o carinho que tem pela entidade e agradeceu a homenagem que foi prontamente aceita.