A audiência foi designada com o objetivo de possibilitar, com base em coletas de diversas concepções ideológicas e das experiências técnicas existentes em torno do tema, a melhor formação da convicção dos conselheiros do CNMP antes da decisão final a ser proferida no Pedido de Providências nº 543/2013-50, apresentado pela Educafro, entidade não-governamental, em tramitação no Conselho. A entidade apresentou requerimento acerca da possibilidade de implantação das cotas raciais nos concursos do Ministério Público do Trabalho, tendo o órgão de origem (Conselho Superior do MPT) entendido que, como qualquer discussão que viesse a ser ali travada teria repercussão para os demais ramos do Ministério Público brasileiro, seria importante ampliar esse debate, tendo a questão, portanto, sido encaminhada para o CNMP.
Nesse sentido, o então relator, conselheiro Mario Bonsaglia, considerou que, embora o requerimento se restringisse ao MPT, seria o caso de estender o enfoque a todos os concursos de membros e servidores do Ministério Público da União e dos Estados, e, por tal razão, sugeriu a sua avaliação pela Comissão de Defesa dos Direitos Fundamentais. Ao se pronunciar na abertura dos trabalhos, Jarbas Soares salientou que, após a conclusão da audiência, vamos transcrever todos os depoimentos, fazer um relatório final e encaminhar ao futuro relator do processo.
Para o presidente da ANPT, o debate sobre o assunto se mostra extremamente relevante, haja vista propiciar a oitiva da sociedade acerca dessa importante questão, a qual deverá ser objeto de deliberação por parte do colegiado do CNMP em breve.

Fonte: Ascom/CNMP