A Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT) divulga nota pública onde manifesta o seu repúdio e a sua indignação em relação a ameaças à vida e à integridade física de associados da entidade. Tal ameaça aos membros do Ministério Público do Trabalho (MPT) se deve ao inconformismo com a exigência de implantação da Lei de Modernização dos Portos no porto de Santos, em especial no que diz respeito ao intervalo interjornada de trabalho e a uma mais justa e igualitária distribuição dos trabalhos ofertados.
Confira abaixo a nota pública
Nota Pública
A Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT), entidade de classe que congrega os Membros do Ministério Público do Trabalho (MPT) de todo o país, vem a público manifestar o seu repúdio e a sua indignação em relação a vil e covarde ameaça à vida e à integridade física dos Associados Ronaldo Curado Fleury, Subprocurador-Geral do Trabalho, e Gláucio Araújo de Oliveira, Procurador do Trabalho.
De fato, constatou-se, nesta data, a existência de um grupo na rede social Facebook denominado Estiva Virtual, por meio do qual o integrante que se apresenta como Edson Pheyo postou o seguinte comentário, após inserir foto de uma cerimônia fúnebre: O féretro acima é simbólico, porém dentre mais alguns dias poderá ter gente morta de fato dentro do caixão, e que seja do OGMO ou o sr. Ronaldo Fleury ou o Gláucio Araújo Oliveira.
Oportuno ressaltar que tal ameaça aos membros do MPT se deve ao inconformismo com a exigência de implantação da Lei de Modernização dos Portos no porto de Santos, em especial no que concerne ao intervalo interjornada de trabalho e a uma mais justa e igualitária distribuição dos trabalhos ofertados.
Inobstante já estejam sendo adotadas as providências pertinentes junto às autoridades competentes, inclusive por meio de expedição de ofício, subscrito pelos próprios Procuradores ameaçados, à Polícia Federal, a ANPT enfatiza, publicamente, a imprescindibilidade de serem adotadas todas as medidas preventivas para garantir a segurança dos referidos membros do MPT, bem como dos Procuradores lotados na Procuradoria do Trabalho no Município de Santos e de todo e qualquer membro da instituição, assim como a instauração do competente Inquérito Policial e a adoção, também, das medidas repressivas cabíveis contra o autor de tão covarde crime, de modo a se evitar a continuidade das ameaças e a sua repetição por outros criminosos que, caso se deparassem com qualquer omissão ou impunidade, sentir-se-iam encorajados a repetir a abjeta conduta aqui veementemente repudiada.
Carlos Eduardo de Azevedo Lima
Presidente