Em seu pronunciamento, Azevedo Lima ressaltou que a atuação das entidades de classe do Ministério Público e da magistratura, atualmente, vai muito além dos interesses específicos e diretos das classes que representam. Segundo ele, existe, também, ao lado dessa relevante atuação, a defesa dos interesses da sociedade como um todo e que, neste caso, a pertinência não poderia ser maior em se tratando do tema de combate à violência e, mais especificamente, da banalização da violência, tão caro a toda a sociedade.
O presidente da ANPT falou, assim, sobre a participação das Associações na campanha, destacando que, se é estarrecedor deparar-se com um grave cenário de tanta violência cometida diariamente, não se pode deixar de considerar que muitos desses crimes ocorrem por impulso, podendo ser facilmente evitados com um pouco mais de reflexão ou, para usarmos o mote campanha, se contarmos até 10, enfatizou, destacando que as entidades de classe não poderiam deixar de apoiar tão relevante iniciativa. Parabenizamos o CNMP, a Enasp, o Ministério da Justiça, enfim, todos os parceiros envolvidos, e buscaremos ampliar a divulgação da campanha tanto com nossos associados quanto por meio deles. Esperamos que essa relevantíssima campanha alcance os objetivos desejados e traga benefícios contínuos, permanentes, perenes para toda a sociedade brasileira, destacou.
Já o presidente do CNMP, Roberto Gurgel, disse que um número significativo dos crimes de homicídio decorre de ações impulsivas ou de motivos fúteis. Segundo ele, "dados compilados pelo CNMP relativos a 16 unidades da federação mostram que, na maior parte dos estados, mais de 50% dos crimes de homicídio resulta de ações impulsivas ou são cometidos por motivos fúteis".
"São crimes que destroçam as famílias das vítimas e do autor e que poderiam ser evitados", completou a conselheira Taís Ferraz, coordenadora do Grupo de Persecução Penal da Enasp. "A ideia foi realizar uma campanha que prestigiasse e valorizasse a vida", disse ela.
Para combater os crimes por impulso, a campanha Conte até 10. Paz. Essa é a atitude passa a mensagem de tolerância em situações de conflito, buscando evitar a violência (brigas de trânsito, entre vizinhos, em bares, etc). As peças são estreladas por atletas renomados - os campeões mundiais de MMA Anderson Silva e Junior Cigano e os judocas campeões olímpicos Leandro Guilheiro e Sarah Menezes , que participam da iniciativa sem cobrar cachê.
A campanha será veiculada até março do ano que vem. O material de divulgação inclui jingles de reggae, rap, sertanejo e funk, anúncios para jornais e revistas, ações em mídias digitais e redes sociais e game online, estes últimos ainda em fase de desenvolvimento. O material será veiculado, inicialmente, por mais de 26 emissoras de televisão nacionais e regionais, abertas e a cabo, 115 rádios em todo o país, 35 revistas e 40 jornais, além de portais de internet e mídias alternativas (cinemas, mídia indoor, etc).
Também está em produção, em parceria com o Ministério da Educação, uma cartilha educativa que tem como objetivo orientar professores sobre como tratar o tema da violência em sala de aula. O material será distribuído em todo o Brasil a partir de 2013.
Além do presidente da ANPT, do procurador-geral da República e da conselheira Taís Ferraz, falaram no ato, também, o ministro de Estado da Justiça, José Eduardo Cardoso, o presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, e outras autoridades que apoiaram a campanha .*Com informações do CNMP
