Foi realizada na manhã desta quinta-feira, 22/08, a cerimônia de posse referente à recondução ao cargo de procurador-geral do Trabalho de Luis Antonio Camargo. O evento aconteceu na Procuradoria Geral da República, em Brasília, e contou com a presença de diversos membros do Ministério Público do Trabalho (MPT). O presidente da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT), Carlos Eduardo de Azevedo Lima, e a vice-presidente da entidade, Daniela Varandas, participaram da solenidade.
Em seu pronunciamento, o presidente da ANPT disse que a posse de um procurador-geral do Trabalho é sempre marcada, no âmbito da instituição, de grande simbolismo. Se, por um lado, não há, nem deve haver, ruptura com o trabalho que vem sendo feito pela administração que se encerra, por outro, é um momento de renovar as energias, de trazer novas ideias, sentimentos, razões, opiniões, experiências, que vão se agregar ao que já foi realizado, enfatizou, destacando, ainda, que o fato de se tratar de uma recondução não torna essa afirmação menos verdadeira. Não há como se negar a existência de um sentimento de renovação com a nova gestão que ora se inicia, que, se traz um inegável momento de expectativa para todos os que compõem a instituição, como ocorre a cada início de gestão, propicia que se mescle, por outro lado, toda essa leva de sentimentos com a experiência adquirida ao longo do primeiro mandato, do aprendizado cotidiano com o fato de se propiciar a colheita do que se plantou ao longo destes dois anos, completou Azevedo Lima.
O presidente da ANPT ressaltou também que nem sempre as visões da entidade e da Administração do MPT coincidirão. Esperamos, contudo, que o farol da busca do bem comum, inegavelmente perseguido por todos nós, nos ilumine para que as eventuais divergências venham a ser superadas da melhor maneira possível, até porque estamos, e estaremos sempre, em última análise, irmanados na busca de um mesmo objetivo: o fortalecimento da categoria formada pelos Membros do Ministério Público do Trabalho, sem perder nunca de vista o propósito de que isso deve ser tido como instrumento para a realização das mais nobres missões que nos foram conferidas pela Constituição da República, esclareceu.
Azevedo Lima destacou a necessidade de um registro, como forma de reconhecimento e também de agradecimento, à Procuradoria-Geral da República, nas pessoas da procuradora-geral em exercício, Helenita Acioli, e do então procurador-geral, Roberto Gurgel, por ter respeitado a vontade do colégio de procuradores do Trabalho, e nomeado como procurador-geral do Trabalho o candidato mais votado pela classe. Ele disse, ainda, que tal atitude personifica inegável e imprescindível espírito democrático, de enorme relevância para o fortalecimento do Ministério Público do Trabalho e de todo o Ministério Público brasileiro. O procurador destacou, ainda, que tudo isso guarda estreita ligação e consonância com os anseios de nossa instituição, partilhados, por óbvio, pela ANPT e por todos os seus Associados, no sentido de ser uma instituição valorizada pelo poder que tem de transformar favoravelmente a realidade, de contribuir para a Justiça e a Paz sociais, de atuar para a diminuição da miséria, de lutar para a erradicação do trabalho escravo, a proteção das crianças e adolescentes e várias outras atuações não menos relevantes, enfim, de buscar a plena dignidade do ser humano. O presidente da ANPT concluiu desejando uma profícua gestão a Luis Camargo, fazendo votos de que, nesse biênio que ora se inicia possamos avançar cada vez mais no fortalecimento e no engrandecimento do MPT.
O procurador-geral do Trabalho, por sua vez, agradeceu a toda categoria pelos votos recebidos durante o processo eleitoral e, também, ao procurador-geral do República pela confiança nele depositada nas duas vezes em que o nomeou para o cargo de PGT. Segundo ele, os membros da instituição, ao o escolherem para a recondução, confiaram em uma proposta de engrandecimento e crescimento do Ministério Público do Trabalho, baseados tão somente no trabalho cotidiano de todos os membros do MPT.
Ele destacou, também, que ainda que o procurador-geral do Trabalho seja o mesmo, a nova administração não será a mesma e, sim, melhor. Nós daremos cumprimento, atenderemos a esse comando dos membros do MPT de forma democrática e transparente. O MPT é uma instituição social e vamos buscar garantir essa evolução e aprimoramento.
Compuseram o dispositivo de honra, além do presidente da ANPT e do procurador-geral do Trabalho, a procuradora-geral da República em exercício, Helenita Acioli, e o secretário-geral do MPU, Lauro Cardoso.