Na tarde desta quinta-feira (02), a presidenta da ANPT, Adriana Augusta de Moura Souza, o vice-presidente, Marcelo Crisanto Souto Maior, e o diretor legislativo, Tiago Ranieri de Oliveira, receberam na sede da entidade a diretora executiva da Articulação Nacional de Trabalhadoras(es) Trans do Sistema de Justiça (Antrajus), Luna Leite. O objetivo da reunião foi estreitar laços entre as instituições e estabelecer uma possível parceria na pauta relacionada às pessoas trans, no MPT e no mundo do trabalho em geral.
A diretora da Antrajus entregou um documento para a ANPT no qual são apresentadas sugestões para melhoria da proteção dos direitos das pessoas trans, travestis e não binárias, com o objetivo de combater a violência institucional. “A Antrajus veio para ser uma ponte entre as pessoas trans e as instituições do sistema de justiça. Temos grande preocupação em como esse sistema tem tratado essas pessoas. Estamos vivendo um momento difícil e traumático para pessoas LGBTQIAPN+ inclusive com tentativa de perdas de direitos e não podemos nos omitir, precisamos responder de forma estratégica, rápida e rígida para um aparelho que tem nos tratado dessa maneira também”, disse Luna Leite, que é também coautora do Protocolo Para a Atuação e Julgamento com Perspectiva Antidiscriminatória, Interseccional e Inclusiva do Tribunal Superior do Trabalho.
A presidenta da ANPT, por sua vez, destacou que o Ministério Público do Trabalho é o ramo mais inclusivo do Ministério Público da União, inclusive com cotas específicas para pessoas transgêneros no ingresso da carreira para procurador e procuradora do Trabalho. “Precisamos conscientizar as pessoas sobre o tema e amplificar a voz das pessoas trans para enriquecer o diálogo sobre respeito, inclusão e dignidade humana”, disse.