O presidente da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT), Carlos Eduardo de Azevedo Lima, acompanhou na manhã de hoje, 27/11, os trabalhos da Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público (CTASP), da Câmara dos Deputados. Em pauta, os Projetos de Lei (PLS) 6230/2013, de autoria do Ministério Público da União, e o 6218, de autoria do Supremo Tribunal Federal, que tratam, respectivamente, dos subsídios dos membros do Ministério Público da União e dos magistrados dos últimos anos. Apesar de todo o trabalho de articulação, os projetos foram retirados da pauta da CTASP no final da manhã.
Durante a sessão, Azevedo Lima manteve contato com diversos parlamentares, ocasião na qual entregou aos demais membros da CTASP, na linha do que já se tinha providenciado em relação ao presidente da Comissão e ao relator do PL 6230, manifestação da ANPT em moldes semelhantes ao que foi remetido à ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), Miriam Belchior, a fim de esclarecer diversos pontos que, segundo a entidade, não foram tratados da maneira mais adequada pela ministra durante audiência pública ocorrida na sessão anterior.
Na referida audiência pública, a ministra fez uma série de considerações a respeito da questão da reposição inflacionária dos subsídios dos membros do Ministério Público da União e do Poder Judiciário. Logo após a reunião, e por discordar de uma série de questões apontadas por Miriam Belchior, a Associação remeteu ofício à ministra, bem como ao secretário de recursos humanos do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, reportando-se, pormenorizadamente, a diversos dos pontos abordados na audiência.
Segundo o presidente da ANPT, as considerações tratavam, primordialmente, das questões que dizem respeito ao alegado tratamento isonômico entre as categorias de agentes públicos da União, à suposta (porém absolutamente inexistente) ocorrência de acordo com o Ministério Público da União (MPU) e o Poder Judiciário, sem se olvidar, ademais, a inegável perda do valor real dos subsídios dos membros do MPU, com todas as questões daí decorrentes, inclusive descumprimento de toda a legislação atinente à espécie, mormente o texto da Constituição Federal e, em especial, a própria garantia de irredutibilidade de vencimentos dos membros do Ministério Público.
Documento em moldes semelhantes já havia sido entregue, anteriormente, ao presidente da CTASP, deputado Roberto Santiago (PSD-SP), e ao relator do PL n. 6230, que trata do subsídio do Procurador-Geral da República e dos membros do MPU, deputado Luciano Castro (PR-RR).
Foto: Arquivo/Agência Câmara