A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 457/2005, que aumenta de 70 para 75 anos a idade de aposentadoria compulsória no serviço público, encontra-se na pauta do Plenário da Câmara dos Deputados. A Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT), juntamente com as demais entidades de classe que representam os membros do Ministério Público brasileiro Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp), Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), Associação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (AMPDFT) e Associação Nacional do Ministério Público Militar (ANMPM) , manifestaram-se contrariamente à PEC, inclusive divulgando nota pública por meio da qual divulgam seus argumentos contrários à proposta. A ANPT também tem se manifestado contrariamente a outras proposições legislativas, em trâmite tanto na Câmara quanto no Senado, que tratam da matéria.
O substitutivo da Comissão Especial que analisou a matéria foi aprovado em junho de 2006 e, desde então, a PEC entrou várias vezes na pauta do Plenário, mas não pôde ser votada por motivos diversos, desde trancamento de pauta a falta de acordo. O texto original do Senado previa uma lei complementar para disciplinar a aposentadoria com 75 anos, mas permitia a aplicação imediata dela para os ministros do STF, dos tribunais superiores e do Tribunal de Contas da União (TCU).
O substitutivo adotado pela Comissão Especial da Câmara prevê a aplicação imediata da aposentadoria para todos os servidores públicos. De acordo com o presidente da ANPT, Carlos Eduardo de Azevedo Lima, existem outras PECs com o mesmo tema tramitando de forma apensada no Senado, o que já foi, inclusive, objeto de recente discussão em audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Nessa ocasião, a ANPT, por meio de sua vice-presidente, Daniela Varandas, defendeu, formal e expressamente, a rejeição das propostas.
A questão encontra-se sob acompanhamento permanente da ANPT, com intenso trabalho de articulação, tendo se garantido, nos contatos mantidos com parlamentares, lideranças e integrantes da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, que a matéria não deverá ir a votação esta semana, ressaltou o presidente da ANPT. Ainda segundo Azevedo Lima, a ANPT continuará atenta, acompanhando permanentemente a tramitação das proposições legislativas sobre a matéria, e trabalhando de maneira articulada com as demais entidades de classe representativas dos membros do Ministério Público brasileiro.