Câmara adia votação da PEC do Trabalho Escravo
Após intensa articulação ao longo do dia na Câmara dos Deputados, por parte de integrantes da Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae), a exemplo do presidente da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho, Sebastião Vieira Caixeta, do vice-presidente, Carlos Eduardo de Azevedo Lima, e do diretor financeiro da entidade, Maurício Correia de Mello, de representantes de diversas outras instituições e entidades, artistas e trabalhadores em geral, o Colégio de Líderes da Casa decidiu, em reunião fechada, deixar a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 438/2001 para amanhã (9/05). A PEC prevê o confisco das propriedades em que se constatar a exploração de trabalho em situação análoga à de escravidão. "Diversas atividades foram realizadas durante o dia para chamar a atenção dos parlamentares quanto à necessidade de se aprovar a PEC. Logo no início da manhã, na Secretária de Direitos Humanos da Presidência da República, a presidente da Conatrae, ministra Maria do Rosário Nunes, abriu os trabalhos ressaltando a necessidade de união de esforços para que a Proposta fosse votada hoje.
Já o presidente da ANPT lembrou que a aprovação da proposta representa um forte aliado no combate ao trabalho escravo. Disse, ainda, que essa questão precisa de muita atenção e, nesse sentido, chamou a atenção para dados reais sobre a quantidade de trabalhadores encontrados em situações como essa ao longo dos anos. O Ministério Público do Trabalho já participou ativamente do resgate, desde 1995, de quase 40 mil trabalhadores em situação análoga à de escravidão. Temos que mudar essa realidade o quanto antes. Não podemos mais admitir essa afronta aos Direitos Humanos, enfatizou.
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