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DIVERSIDADE: ANPT participa da cerimônia que marca a finalização de mais uma etapa do projeto “Mais um sem dor”

DIVERSIDADE: ANPT participa da cerimônia que marca a finalização de mais uma etapa do projeto “Mais um sem dor”

Na última quarta-feira (11), a presidenta da Associação Nacional dos Procuradores e das Procuradoras do Trabalho (ANPT), Adriana Augusta de Moura Souza, e o diretor de assuntos legislativos da entidade, Tiago Ranieri de Oliveira, participaram da solenidade que marcou a formação de 15 mulheres trans moradoras do Distrito Federal, participantes do projeto “Mais um sem dor”, que visa a proporcionar capacitação profissional de pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica.

Coordenado por Tiago Ranieri, o projeto promove formação humana, qualificação profissional e encaminhamento para o mercado formal de trabalho. A ação conta com o apoio da Associação Mulheres Coralinas, que reúne 71 mulheres artesãs, ceramistas, bordadeiras, cozinheiras, professoras, garis e vocalizadoras de poemas da Cidade de Goiás, atuando na área dos saberes das mãos: gastronomia, bordado, modelagem de barro, palha e fibras do cerrado.

“A emancipação humana de corpos dissidentes, que integram a diversidade, somente ocorre com sua naturalização em todos os espaços sociais e de poder. A inclusão efetiva e afetiva se dá por meio da qualificação técnica/profissional para o trabalho decente, portanto, este é o foco dessa vivência com as Coralinas no âmbito do Projeto Mais Um Sem Dor”, afirmou o procurador.

Para a presidenta da ANPT, a evolução da nossa sociedade só é possível com educação, qualificação e igualdade de oportunidades para todos e todas. “No campo do trabalho, especialmente, precisamos cada vez mais qualificar essas mulheres, pois somente assim conseguiremos que elas ocupam mais postos formais de trabalho, possibilitando melhoria da renda, da subsistência, da autoestima, da dignidade e da vida como um todo”, ressaltou.

O projeto nasceu da união de esforços do Ministério Público do Trabalho em Goiás (MPT-GO), da Justiça do Trabalho e conta com o apoio da Associação Mulheres Coralinas. Durante a solenidade de quarta-feira, as mulheres receberam certificados e presentes dados pelas mestras.

Premiação

O projeto Cozinhando com as Coralinas foi o grande vencedor do Prêmio de Direitos Humanos da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) em 2024, na categoria Gênero, Raça e Diversidade. A cerimônia de premiação ocorrerá no dia 4 de dezembro, em Brasília. A ação foi realizada por meio da parceria com o projeto Mais um sem dor.

Com o tema “Direitos Humanos no Mundo do Trabalho”, a iniciativa da Anamatra premiará trabalhos nas categorias “Cidadã” e “Imprensa” (subcategorias jornalismo escrito, jornalismo de vídeo, jornalismo de áudio e fotojornalismo), além da ação que melhor representa o tema "Gênero, Raça e Diversidade".

O objetivo da associação com o Prêmio é valorizar ações concretas de promoção e defesa dos direitos humanos nas relações de trabalho, atinentes à educação para o pleno exercício dos direitos sociais, ao combate a todas as formas de discriminação no mercado de trabalho, à inclusão de deficientes, ao combate ao trabalho infantil, escravo e degradante, à defesa do meio ambiente do trabalho e à defesa e promoção do trabalho decente.

“O prêmio significa o reconhecimento nacional de como o movimento associativo feminino, com foco na emancipação humana, por meio do trabalho decente (qualificação profissional) e do letramento literário podem transformar não apenas a existência de cada mulher, mas sobretudo realizar transformação social, combatendo a pobreza, a desigualdade de gênero, raça e potencializando a diversidade humana na sociedade de modo geral. Cada pessoa e cada grupo atendido tem condições de construir uma nova narrativa de vida, com dignidade e cidadania plena por meio do trabalho digno e decente”, afirmou o diretor da ANPT.

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Fotos: Mariana de Lima