O presidente da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT), Ângelo Fabiano Farias da Costa, participou nessa quinta-feira, 23/03, na sede do Ministério Público do Trabalho (MPT) na Bahia, da inauguração do prédio anexo e do Memorial do Trabalhador. Durante a cerimônia, a procuradora Regional do Trabalho aposentada e curadora do memorial, Adélia Marelin foi homenageada.
Farias da Costa afirmou, na ocasião, que a inauguração do prédio é o coroamento do esforço incansável do procurador-chefe do órgão no estado, Alberto Balazeiro, e dos procuradores do Trabalho da Bahia para estruturar a instituição no Estado e poder atuar com mais eficiência ainda, “sobretudo neste momento em que o Direito do Trabalho, a Justiça do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho são alvos de intensos ataques, na tentativa de desconstrução da legislação trabalhista”.
O prédio
O novo prédio do MPT foi construído em terreno adquirido no fim de 2013 de uma família de descendentes de escravos que obteve a posse após uma longa ação por usucapião. O terreno é contíguo ao terreno onde o MPT já tem sua sede há muitos anos, com três imóveis, sendo um casarão dos anos 1940, que agora abriga o Memorial do Trabalhador, uma casa e um prédio de dez pavimentos. Agora, um segundo prédio, integrado ao primeiro passa a abrigar exclusivamente os gabinetes dos procuradores com suas respectivas assessorias. São 36 unidades em nove pavimentos. Há ainda um átrio no térreo e seis pavimentos com 68 vagas para veículos oficiais e para atender à demanda de estacionamento dos colaboradores do órgão.
Mestre Pinho - Já o Memorial do Trabalhador ocupa todo o primeiro andar do casarão da Família Fonseca, que foi a sede do MPT e que agora se destina a ser o Centro Cultural do MPT, onde também há a biblioteca do órgão e uma sala de espera para os visitantes. No Memorial, estão peças que contam os mais de 70 anos de história do MPT na Bahia, iniciada pelo seu primeiro procurador-chefe, Evaristo de Moraes Filho, logo sucedido pelo jurista e professor Luiz de Pinho Pedreira da Silva, que permaneceu na chefia por 23 anos até seguir para a magistratura, onde chegou a presidir o Tribunal Regional do Trabalho. O gabinete dele foi recriado com peças doadas pela família após a morte do Mestre Pinho, como era carinhosamente chamado pelos colegas do MPT, em janeiro de 2014, aos 98 anos de idade.
O Memorial traz ainda um pouco das atribuições do MPT sob a forma de painéis e de vídeos, além de espaço destinado a exposições de arte periódicas, sempre relacionadas com o mundo do trabalho. Nesse primeiro momento, está em cartaz a exposição O Trabalho nas obras do Acervo do MAM. São 14 obras de artistas como Carybé, Sante Scaldaferri, José Rescala e Christian Cravo, dentre outros. A mostra temporária com as obras do MAM segue em cartaz até o dia 30 de junho de 2017.
Fonte e fotos: Ascom/MPT-BA