Na noite desta quarta-feira, 27 de abril, a vice-presidenta da ANPT, Lydiane Machado e Silva, participou da pré-estreia do filme Pureza, em Brasília. Baseado em episódios reais, o longa conta a história de uma mãe que virou símbolo do combate à escravidão contemporânea no Brasil, ao sair em busca de seu filho que foi submetido a situação análoga à de escravo. A obra foi dirigida pelo cineasta Renato Barbieri e tem a atriz Dira Paes no papel da personagem principal.
O filme foi produzido com recursos de diversas fontes de financiamento, inclusive oriundas de penalidades aplicadas em ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT em Marabá (PA), em acordo homologado pela 2ª Vara do Trabalho.
“É uma honra fazer parte de uma instituição que pode contribuir com essa obra prima que é Pureza. Precisamos ver na sociedade esse retorno, que conscientizada por meio do filme, pode ajudar o Ministério Público do Trabalho no combate ao trabalho escravo. Infelizmente ainda encontramos, semanalmente, muitos trabalhadores e trabalhadoras em situações de escravidão”, ressaltou Lydiane Silva durante a solenidade que antecedeu a apresentação do longa metragem.
Ainda de acordo com ela, não se pode mais voltar ao tempo de negação dessa chaga, por isso é necessário mostrar para as pessoas que essa condição de exploração ainda existe, mas que elas também podem contar com o MPT, com entidades da sociedade civil “e agora podem contar também com a arte. Que a parceria do MPT com o cinema se estenda para outras mazelas sociais”.
Outros membros e membras do MPT, associados(as) da ANPT, também participaram da pré-estreia do filme, como o ex-procurador-geral do Trabalho aposentado Luis Antonio Camargo de Melo, a procuradora do Trabalho Paula de Ávila e Silva Porto Nunes e o procurador Raimundo Paulo dos Santos Neto.
Foto: Nicolas Fleischmann