Foi empossada, na última quarta-feira (10), a nova procuradora-chefa do Ministério Público do Trabalho na Paraíba (MPT-PB), Andressa Alves Lucena Ribeiro Coutinho, que sucederá a procuradora Myllena Alencar e se tornará a terceira mulher a comandar o MPT naquele Estado. A atual delegada da ANPT na 13ª Região, Maria Edlene Lins Felizardo, foi a primeira. Marcela de Almeida Maia Asfóra será a vice-procuradora-chefa do próximo biênio.
Em seu discurso, Andressa Coutinho destacou os desafios decorrentes da pandemia da Covid-19 e do teletrabalho, bem como a importância de se preservar a saúde dos trabalhadores e das trabalhadoras. Abordando as mudanças no mundo do trabalho e a necessidade de inovação e de diálogo, criticou a flexibilização de diretos trabalhistas. Ressaltou, ainda, que atuará para que a instituição se torne cada vez mais resolutiva, por um “MPT mais próximo e parceiro da sociedade”.
"Precisamos, cada vez mais, cultivar a proximidade com a sociedade. O prestígio e o respeito que nos são creditados representam um patrimônio moral da nossa instituição de valor inestimável”, consignou a procuradora-chefe.
Em seu pronunciamento, o presidente da Associação Nacional dos Procuradores e das Procuradoras do Trabalho (ANPT), José Antonio Vieira, enalteceu a liderança institucional e associativa feminina.
“As mulheres do Ministério Público do Trabalho põem o máximo que são no mínimo que fazem. Por isso, brilham tão intensamente – como a lua, que vive na altitude da poesia, a pratear rios e mares. Andressa e Marcela assumem aquele que talvez seja o mais árduo dos encargos extraordinários entre nós existentes – o de liderar uma Unidade Regional. Edlene Lins é a delegada da ANPT na 13ª Região e colabora sobremaneira para o êxito das atividades associativas. Das doze cadeiras da Diretoria, sete são ocupadas por mulheres, inclusive a Vice-Presidência, a cargo da sergipana Lydiane Machado, minha confidente, minha irmã, um porto seguro, fonte de inspiração. Nossa Vice-Procuradora-Geral do Trabalho, Maria Aparecida Gugel, é, por sua envergadura e histórico institucionais, uma embaixadora da inclusão. Além de Andressa, outras seis mulheres ora chefiam Procuradorias Regionais do Trabalho – Alzira Melo, no Amazonas e em Roraima, Ana Ribemboim, em Pernambuco; Candice Arósio, no Mato Grosso do Sul; Helena Fernandes, no Distrito Federal e em Tocantins; Juliana Sombra, no Ceará, e Margaret Mattos, no Paraná. Todas são associadas da ANPT. Pelas já expostas e outras tantas nobilíssimas razões, tudo o que as mulheres do Ministério Público do Trabalho realizam nos distingue, é digno de nota e extraordinariamente significativo. E sei que, ao enaltecer seus incontáveis atributos, falo em nome de todos os Procuradores do Trabalho”, declarou.
O presidente lembrou que a Associação, para assegurar a visibilidade da mulher, recentemente havia modificado, por deliberação assemblear, sua denominação, para que passasse a contemplar expressamente as procuradoras do Trabalho.
“Quando se fala ou se escreve, palavras e expressões revelam valores e tendências, assim como sentimentos e modos de percepção da realidade. O idioma, com a sua maleabilidade, é um instrumento da cidadania e, portanto, pode e deve servir à promoção da igualdade. Nós, homens, precisamos nos policiar para evitar que as mulheres sofram apartes descabidos. Precisamos ficar atentos às peculiaridades do universo feminino e pugnar pela eliminação de toda e qualquer barreira discriminatória. Não é preciso sentir para entender e se solidarizar”, concluiu o presidente da ANPT.
A solenidade foi prestigiada pelo procurador-geral do Trabalho, José de Lima Ramos Pereira, pelas membras e pelos membros da 13ª Região, pelo ministro do Tribunal Superior do Trabalho, Alberto Balazeiro, pelo procurador-geral de Justiça do Estado da Paraíba, Antônio Hortêncio, pela deputada estadual Camila Toscano e por diversas outras autoridades.
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