O evento foi promovido na Faculdade de Direito e Ciências do Estado da Universidade Federal de Minas Gerais e fez parte do Ato público contra a terceirização: muito além do PL4330/04, coordenador pela Rede Nacional de Pesquisas e Estudos em Direito do Trabalho e da Seguridade Social (Renapedts). Na mesa presidida pelo presidente da ANPT falaram Magda Biavaschi, do Cesit- Unicamp, que fez sua abordagem voltada para a terceirização e retrocesso na relação individual de emprego; Guilherme Guimarães Feliciano, da Anamatra, que falou sobre a terceirização, responsabilidade e impasses na satisfação do crédito trabalhista; João Pedro Ferraz, da Abrat, cuja manifestação tratou dos impactos sindicais da terceirização; Fernando Duarte, do Dieese, que falou sobre os impactos da terceirização nas garantiras negociais coletivas; e Rosa Maria Campos Jorge, do Sinait, que abordou a questão da terceirização sob a ótica do obstáculo que constitui à fiscalização.


Já a procuradora do Trabalho Lutiana Nacur enfatizou a importância do movimento sindical para a evolução das condições de trabalho no Brasil e salientou as três consequências mais aviltantes do projeto da terceirização: quebra do movimento sindical e o enfraquecimento brutal do meio ambiente de trabalho e o alto índice de acidente: "Se hoje três vezes mais terceirizados que saem de casa para ganhar o pão de cada dia, voltam acidentados, doentes ou nem voltam, em comparação com os contratados diretamente, com a aprovação do PL esse número vai aumentar assustadoramente."

Participaram deste evento, também, a procuradora-chefe da Procuradoria Regional do Trabalho da 3ª Região, Márcia Campos Duarte, além de diversos outros membros do Ministério Público do Trabalho em Minas Gerais.
No dia anterior, 29/04, a ANPT participou, representada por sua delegada na Procuradoria Regional do Trabalho de São Paulo, Silvana Marcia Montechi Oliveira, de evento realizado em moldes semelhantes ao de Minas Gerais, tendo o evento ocorrido na Faculdade de Direito da USP, em São Paulo. A atividade contou com a participação de mais de 20 entidades representantes de procuradores, magistrados, entidades ligadas ao direito do trabalho, trabalhadores terceirizados, trabalhadores em geral, movimentos estudantis e centrais sindicais.
Na ocasião, foi lido o manifesto contra a terceirização, chamado de Carta de São Paulo, assim como ocorreu em Minas Gerais.


* As quatro primeiras fotos foram do evento em Minas Gerais. As duas primeiras o crédito é: OAB-MG; As outras duas o crédito das fotos é: PRT-3. Já as duas últimas fotos são do evento realizado em São Paulo. Crédito: Alexandre Maciel