Foram convidados a se pronunciar na audiência os ministros do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Lélio Bentes e Kátia Magalhães Arruda, a secretária-executiva do Fórum de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil do Distrito Federal, Isa Maria Oliveira, a pesquisadora da ONG Repórter Brasil Fernanda Sucupira e a representante do Movimento Humanos Direitos Cristina Pereira.
Segundo o ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Lélio Bentes, é preciso diferenciar a aprendizagem da exploração da mão de obra infantil. Pela legislação, o jovem só pode começar a trabalhar a partir dos 16 anos. A lei permite, contudo, que o jovem ingresse aos 14 anos no mercado por meio de programas de aprendizagem. É preciso combater o trabalho infantil que atinge mais de 3,2 milhões crianças. Dessas 2,7 milhões têm mais de 14 anos e poderiam estar inseridos em programas de aprendizagem, disse o ministro ao citar o exemplo do tribunal, que desenvolvem um programa para menores aprendizes.
Nesse momento em que se discute a redução da maioridade penal, chamamos a atenção para a necessidade de discutir a melhoria da educação para os jovens. Não precisamos de mais prisões, mas de mais escolhas e melhor educação, ressaltou Bentes.

Atualmente, mais de 3,2 milhões de crianças e adolescentes trabalham de forma ilegal no Brasil. A erradicação do trabalho infantil requer medidas urgentes porque o trabalho infantil traz consequências e prejuízos que são praticamente invisíveis, que não são detectadas na infância, mas aparecem mais tarde, reforçou a secretaria-executiva do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil, Isa Maria Oliveira.
Fonte: EBC